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quarta-feira, 5 de março de 2014

O que é SUMP e qual a função dele no aquário marinho?



O Sump Além do display em si, o aquarista deverá prever também um espaço para o SUMP. O sump, ou “casa de máquinas”, como alguns o chamam, é o espaço destinado ao tratamento da água, DA MAIOR IMPORTÂNCIA, PORTANTO e, nele, na maioria das montagens, estarão colocados a maior parte de todos os equipamentos necessários à manutenção de uma qualidade mínima desse líquido precioso, que dará suporte à manutenção da vida de todos os seres sob nossa responsabilidade, no aquário (aqui no sentido do “conjunto”, por isso o termo “display” não foi empregado). Quanto à posição, o sump poderá estar no mesmo nível do display (atrás ou ao lado), acima do display (menos comum, mas com as suas vantagens) e abaixo do display (o mais comum em aquários marinhos). Quanto ao tamanho, aqui também se aplica o “quanto maior melhor”, não só porque aumenta o volume total de água em circulação, e portando aumenta a estabilidade dos parâmetros do aquário, como também porque, conforme que evolução na orientação do aquário (quanto ao tipo e quantidades de animais ali colocados), poderão ser necessários “up-grades” de equipamentos, ou mais equipamentos, e estes demandarão sempre mais espaço.
 De maneira geral, um SUMP “standard” deverá conter, no mínimo e nessa ordem, um FILTRO MECÂNICO para retenção de sólidos grosseiros que venham do display e um FILTRO FISICO-QUÍMICO, representado pelo SKIMMER, ou “escumador” ou, ainda, “desnatador de proteínas”, que atua pelo aproveitamento de um fenômeno de superfície que ocorre na interface de pequenas bolhas de ar em meio à água, fazendo com essa superfície fique “polarizada”, ou seja, exiba cargas elétricas de polos opostos (positivas por fora e negativas por dentro da “bolha”) atraindo assim partículas de carga contrária que estejam em suspensão e conduzindo-as à superfície, no interior do equipamento, por diferença de densidade. Essas partículas, em boa parte proteicas e lipídicas e em grande parte iônicas, pelas suas propriedades coloidais, terminam por produzir bolhas persistentes no tempo, tipo “espuma de sabão”, que se acumulam e extravasam num recipiente projetado para esse fim (o “copo” do skimmer), podendo então ser retiradas e com isso reduzir a “carga orgânica”, antes mesmo de que entre no ciclo bacteriano, mas, infelizmente, nunca será apenas o que “não presta”, o que o skimmer estará retirando, como veremos mais à frente.
 Além desses dois filtros, sempre será necessária uma BOMBA DE RECALQUE (não confundir com as de circulação e nem pretender que cumpra essa função) e, conforme que posição o sump ocupe em relação ao display, esta deverá estar no sump quando este esteja no mesmo nível do display, ou em nível inferior e, caso o sump esteja em nível superior ao display, a “bomba de recalque” estará no display, e não no sump, sendo o retorno de água do sump para o display, nesses casos, feito por gravidade – Há quem veja vantagens no modelo de “sump em nível superior ao display”, exatamente por isso: O retorno de água pela ação da gravidade. Isso permite, por exemplo, acoplar ao sump um REFÚGIO, em que possam se desenvolver populações de “pods” (anfípodes, copépodes...) que poderão servir de alimento, ao descer para o display por gravidade, a aguns espécimes de mais difícil tratamento, tais como “dragonetes” e “mandarins”, compensando, em parte, a dificuldade de alimentá-los com produtos industrializados, mas disso falaremos mais à frente, no contexto adequado. Quando o refúgio é montado num sump de mesmo nível ou abaixo do display, também funciona, mas aí os “pods” voltam para o sump através da bomba de recalque e muito já chegam mortos ao display, o que reduz em muito, para os espécimes que os consomem, a sua “atratividade”.
 Ainda no sump, além desses três equipamentos básicos e praticamente indispensáveis anteriormente citados, poderá ser o local onde colocaremos parte ou a totalidade dos FILTROS BIOLÓGICOS (mídias de vidro sinterizado tipo “Siporax”, caixas de substratos vários, rochas vivas, “bioballs”, reator de biopellets, etc...), FILTROS FÍSICOS (ultra-violeta, ultrassom...), FILTROS FÍSICO-QUÍMICOS (fotocatalisadores homogêneos ou heterogêneos, por exemplo :L) FILTROS QUÍMICOS (reator de ozônio, H2O2, removedor de fosfatos...), REPOSITORES IÔNICOS (reator de cálcio, “Balling”, kalkwaser...), DESNUTRIFICADORES, ou “redutores de nutrientes” (tais como o “Algae Turf Scrubber”, ou ATS, que é capaz de, no mínimo, reduzir nitrato e fosfato por consumo, oferecendo um leito com condições favorecidas para o crescimento de algas que, alternativamente, poderiam vir a crescer no display do aquário), AQUECEDOR/TERMOSTATO para garantir as temperaturas mínimas do aquário e, também, conforme que montagem, a SERPENTINA DO “CHILLER”, para o caso de que seja necessário esfriá-lo. Do brevemente exposto, creio que fique mais fácil entender a questão do “quanto maior melhor”, como anteriormente citado.
 Finalmente, e ainda quanto ao espaço destinado ao sump, é ali que geralmente se instala o reservatório de água doce deionizada, para reposição das perdas por evaporação e, também, a Central Elétrica, para energização de todos os equipamentos do sistema e dos seus dispositvos controladores. Pelos riscos óbvios envolvidos num ambiente com eletricidade e água, se o aquarista não detem um bom conhecimento a respeito de instalações elétricas, é fortemente aconselhável que contrate os serviços de um bom profissional da área, para cálculo, dimensionamento e instalação dessa Central Elétrica com um bom nível de segurança, evitando as “soluções fáceis” dos “filtros de linha” e demais gambiarras.

Abaixo, um modelo de SUMP mais econômico e simples para melhor entendimento:






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