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quarta-feira, 5 de março de 2014

Como escolher o display do aquário?

Este aquário da foto possui de display: 150x70x70 cm, 735 Litros. 

Um tamanho mais “razoável”, para começar no hobby, seria um aquário de exibição (daqui por diante, “display”) de entre 100 e 200 litros, também temos as opções de nano reefs, de 60 á 90 litros, mas que não dão muitas opções de peixes ou corais para o aquário, além de ser muito complicado de ajustar os parâmetros da água. Qualquer tipo de aquário é possível, QUE NÃO SEJA “PLUG AND PLAY”, nem muito estreito e nem muito alto; Um aquário estreito implicaria em pouca liberdade, para o aquarista, no posicionamento das rochas do seu “aquascaping” e, se muito alto, implicaria em necessidade de vidros reforçados, em dificuldades de manutenção do substrato e na necessidade de uma iluminação muito mais forte (se pretendesse manter corais nesse aquário), implicando, aí sim, em custos maiores que o necessário. Como “base”, uma profundidade de no mínimo 50 cm e uma altura de no máximo 50 cm, variando no comprimento conforme que espaço disponível, já permitiria um “começo” bem adequado. Quanto ao formato, se o display possui os quatro lados aproximadamente iguais, ainda que a a altura não corresponda à largura, diz-se que é um “cubo”. Se possui largura maior que a profundidade, diz-se que tem formato clássico. Fora desses dois formatos, mais comuns, a variação é “a la carte” e, se o display é feito por encomenda, pode assumir virtualmente qualquer fomato. Hoje em dia é muito comum comum encontrar displays com cantos curvos, ou mesmo faces curvas no comércio; São bonitos, mas costumam distorcer bastante a imagem quando olhados através das faces ou cantos curvos e opõe certa dificuldade à manutenção dos vidros, especialmente se usamos “raspadores” ou “escovas magnéticas” para limpá-los.
 O display, será o lugar em que irão as BOMBAS DE CIRCULAÇÃO (não confundir com as de “recalque”), o SUBSTRATO, as ROCHAS que compõe o “aquascaping”, a maior parte da ÁGUA e o OVERFLOW (queda da água, por transbordamento controlado, para o primeiro filtro), que geralmente é também configurado para também executar a função de “SURFACE SKIMMER” (ou “desnatador de superfície”), que trabalha eliminando a “nata” ou filme “gorduroso/proteico” que geralmente se forma na superfície dos aquários marinhos, atrapalhando as trocas gasosas nessa interface. Acima do display estarão as CALHAS DE ILUMINAÇÃO e respectivas lâmpadas, que deverão ser adquadas às necessidades dos seres que pretendemos manter e, ainda, poderemos ter, próximo à superfície da água do display e em conjunto com as lâmpadas, algumas “ventoinhas de refrigeração”, que poderão trabalhar em conjunto com o AQUECEDOR/TERMOSTATO e com O CHILLER (estes dois mais comumente colocados no SUMP), no controle da temperatura da água.
 As tendências mais modernas buscam, em relação aos equipamentos do display, configurações o mais “clean” possíveis, com um minimo de equipamentos ou estruturas aparentes, favorecendo a estética do display e também a segurança dos seres que se deslocam na coluna d'água ou no substrato. Nesse sentido, algumas inovações foram criadas e trazidas ao nosso conhecimento pelo nosso querido Mestre, João C. Basso, um dos aquaristas mais experientes do IPAq, tais como o “SEXTO VIDRO” na caída do overflow, o “CLOSED-LOOP CO-AXIAL” com bomba externa (evita aquecimentos desnecessários e substitui, com perfeita funcionalidade, o monte de “BOMBAS STREAM” que geralmente colocamos) e, mais recentemente, as quedas e subida de água pelos cantos do display, disfarçadas com cantoneiras externas, que também disfarçam os fios e permitem retirar da vista do display e substituir com vantagem a famosa “BOTA INTERNA”, estrutura destinada a recolher a água do overflow que, além dos problemas reportados em casos de entupimento, ocasiões em que praticamente impõe o desmonte do aquário, provoca prejuízos estéticos evidentes, principalmente em aquários projetados para ocupar posição central, nos ambientes, podendo ser admirados por todos os lados. Mais recentemente, o Mestre tem trabalhado no desenvolvimento de um sistema de “CLOSED-LOOP” com bombas internas, disfarçadas em “rochas plásticas”, que parece oferecer as mesmas vantagens do “co-axial” com um custo mais barato.
 Ainda em relação a “gostos e tendências”, alguns aquaristas avançados, principalmente se dedicados a SPS, tem optado, na montagem dos seus displays, pela ausência de substrato (o famoso Bare Botton, ou simplesmente BB) e pela substituição das rochas naturais ou artificiais por “rochas plásticas” (já apelidadas, aqui no IPAq, de “plaststones”). Para tal, transferem a totalidade dos seus filtros biológicos para o SUMP, como veremos mais abaixo. Ainda que uma montagem com essa configuração tenha lá suas vantagens, especialmente em relação à facilidade de limpeza e à possibilidade de trabalhar com níveis de circulação mais agressivos, que favorecem certo tipo de corais, sem o risco de ficar “levantando substrato”, pessoalmente penso que “rouba” um pouco do charme de um “aquascaping” bem desenhado em que, além do contexto de adequação biológica, seja uma aproximação à aparência ideal de um “recife natural”, que estejamos buscando.


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